Complemento Total

Sinonímia: CH50, atividade hemolítica do complemento.

Material: Soro, líquido sinovial ou líquido pleural. Volume mínimo: 2,0 mL.

Colheita, conservação: Após a colheta, deixar coagular o material por 30 minutos à temperatura ambiente e depois por mais 30 a 60 minutos a 4º C. Se o exame não for realizado no mesmo dia, congelar a amostra.

Preparo do paciente: Jejum de 8 horas.

Método: Técnica de Wadsworth e Maltaner.

Interferentes: Hemólise.

Valores normais: De 170 a 330 U/mL.

Interpretação: Teste útil no diagnóstico e acompanhamento de doenças causadas por imunocomplexos, ou na detecção da deficiência de algum dos componentes do sistema complemento. Pacientes deficientes congenitamente em componentes iniciais (C1q, C1r, C1s, C4, C2) freqüentemente se apresentam com doenças auto-imunes ou mediadas por imunocomplexos. Deficientes em C3 ou em componentes terminais podem se apresentar com infecções de repetição; nas deficiências de C5 a C8 podem ocorrer infecções graves por germes do gênero Neisseria. As deficiências mais freqüentes são as adquiridas, e são vistas com freqüência no Lupus Eritematoso Sistêmico, nefrite pós estreptocócica, crioglobutinemia mista essencial e glomerulonefrites mesângio-capilares. Vasculites sistêmicas, nefrites proliferativas idiopáticas, nefrite de Berger e as síndromes nefróticas idiopáticas por lesões glomerulares mínimas, glomeruloesclerose focal, glomerulonefrite proliferativa mesangial, glomerulopatia membranosa idiopática são normocomplementêmicas. Hipercomplementemia pode ocorrer em numerosos estados inflamatórios, como uma resposta de fase aguda.

Exames relacionados: C1q, C2, C3, C4, fator B, ASLO, FAN, crioglobulinas, imunocomplexos circulantes.