Imunoeletrosferese de Proteínas Séricas

Sinonímia: –

Material: Soro. Volume mínimo: 1,0 mL.

Colheita, conservação: Se o exame não for realizado no mesmo dia congelar a amostra.

Preparo do paciente: Jejum de 4 horas.

Método: Separação eletroforética das proteínas em gel de agarose e imunodifusão contra anti-soro humano total e anti-soros específicos para cadeias pesadas e leves de imunoglobulinas (anti-igG, anti-lgA, anti-lgM, anti-Kappa e antilambda). Determinação quantitativa das imunoglobulinas por imunodifusão radial.

Interferentes: –

Valores normais: As seguintes proteínas são identificadas e devem estar presentes: pré-albumina, albumina, alfa-1 glicoproteína ácida, alfa-l-anti-tripsina, cerutoplasmina, haptoglobina, alfa-2-macroglobulina, transferrina, C3, IgG, IgA e IgM. Valores normais de imunoglobulinas: vide imunoglobulinas. As imunoglobulinas devem ser policlonais.

Interpretação: O teste é útil no diagnóstico de paraproteinemias, como as observadas no mieloma múltiplo, macroglobulinemia de Waldenstron, doenças linfoproliferativas malignas e nas gamopatias municionais benignas. A imunoeletroforese em si não é teste quantitativo. No Laboratório Fleury inclui dosagens de imunoglobulinas, que também podem ser solicitadas isoladamente. Nos mielomas produtores somente de cadeia leve (Kappa ou Lambda) a imunoeletroforese do soro pode dar resultado falso negativo, a menos que insuficiência renal já esteja instalada. As cadeias leves são filtradas e saem na urina. Sua pesquisa na urina (Vd. Proteínas de Bence-Jones) é mais sensível. A imunoeletroforese não deve ser o exame de escolha quando se deseja avaliar a presença e/ou nível das outras proteínas séricas; para a grande maioria delas há métodos específicos de pesquisa e/ou dosagem.

Exames relacionados: Imunoglobulinas (incluídas no exame), eletroforese de proteínas, mielograma, pesquisa de proteínas de Bence-Jones.